Formador: Francisco Queiroz | 06 de Maio | Ovar
Na formação, aborda-se a azulejaria romântica portuguesa (c. 1834 – c. 1910), focando especialmente a azulejaria de fachada e tentando responder às questões: “como”, “quando”, “quem” e “porquê”.
A abordagem é interdisciplinar e minimamente aprofundada, cobrindo a análise histórica, a análise artística e iconográfica, os artistas e as fábricas, a integração na arquitectura e alguns dos casos mais interessantes. Em certos tópicos, são apresentados dados inéditos, fruto de investigação recente.
A formação é complementada com uma sessão em oficina, demonstrando-se como era feita a produção dos azulejos oitocentistas. No final, há uma visita guiada por algumas ruas do centro histórico de Ovar, sendo também abordada a questão da salvaguarda e da valorização de conjuntos de azulejaria de fachada subsistentes.
O que mais distingue esta formação de outras sobre azulejaria já realizadas em Portugal, é a particular atenção à azulejaria de fachada, e ao período romântico, época para a qual existe menos bibliografia mas sobre a qual temos hoje a percepção de uma maior singularidade da azulejaria portuguesa no contexto internacional. Por outro lado, na formação são também sumariamente abordadas as estátuas e os ornatos em faiança e terracota usados para decorar fachadas e jardins (calões de beiral, balaustradas e arabescos, vasos decorativos, pinhas e globos), elementos que se complementam entre si e formam, muitas vezes, conjuntos notáveis, sendo de realçar que, em Ovar, subsistem alguns dos melhores conjuntos do género.
Conteúdos: O nascimento da azulejaria de fachada; Romantismo e decoração de fachadas – da azulejaria de revestimento aos artefactos cerâmicos para beirais e platibandas; A azulejaria em interiores do período romântico; Evolução da azulejaria de fachada: padrões, influências, fábricas, artistas, centros produtores; Azulejaria romântica em contexto religioso e em contexto publicitário; Os padrões tardo-românticos e a influência da Arte Nova; Enquadramento da azulejaria do início do século XX no movimento da chamada “casa portuguesa”, os padrões revivalistas e os pintores de matriz historicista; Técnicas de produção e questões de conservação, salvaguarda e valorização da azulejaria de fachada.
+info/fonte: www.facebook.com/events/178220822685753/